CINZAS.
Você é lento e mentiroso,
Fica sentado todas as noites na varanda fumando um cigarro
Despreocupado.
Você parece, mas um depressivo calculista
Mas para que tantas hipocrisias e ironias?
Se isso não vai te fazer, mas forte,
Você é uma armadura velha e enferrujada
Que com uma facada se desmancha.
Não, não adiantará querer-me ver assustada ao te ouvir falar
Porque só piorara suas feridas mal fechadas.
E um dia você cairá desse seu pedestal
E os lobos lhe rasgarão, arrancarão seu orgulho,
E lhe deixarão nu de alma,
A tua arma mortal o cigarro, esse se perderá
Só restarão as cinzas no cinzeiro.
Procuraste um modo de se levantar
Mas felizmente os injustos nunca mas voltaram a ficar de pé
Pois não há nada a seu lado para se apoiar
E agora você virou a cinza de seu cigarro, inútil e que o vento carrega fácil.
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