ULTIMA GOTA DE SANGUE.

Com o canivete na mão
Queres cortar as cordas entre os pulsos,
Mas não há corda,
Cortaste então as veias,
E o sangue escorre entre os braços,
Mas não adianta, ainda respiras.
Mergulhas-te então na banheira com água
Mas o coração continua a bater.
Nem a morte deseja-te,
Alma escura, como um abismo marinho.
Então caminha sem rumo,
Pensando em, mas um plano miraculoso
Para judiar-se,
Tirar a raiva que tem dentro de si,
Pensar na dor, e na morte
Faz esquecer-se dos problemas que a rodeia.
É como um prazer perigoso,
É como se afundar lentamente para o fogo.
Quando a ultima gota de sangue cair
Não será dos pulsos
Nem da garganta,
Será dos olhos, Desse tal lugar que derrama sentimentos.

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