Labirinto



Pequei ao tentar encontrar o meu eu nos objetos,
Nas coisas difíceis de possuir,
Insultei meus olhos por não enxergarem
O que estava dentro de mim.
Enquanto sentia o erro,
Enquanto insistia no medo de tocar meu interior,
O rosto continuava umedecido,
Na ponta da língua existiam somente paradoxos.
Queria odiar a mentira, mas eu era sustentada por ela,
Nessas ruas periclitantes só existem obstáculos que machucam,
A cabeça dá voltas, enquanto isso o corpo esquelético fica encurralado,
Dei adoráveis sorrisos falsos,
Dei Amáveis beijos sem amor,
Fui pacifista para não magoar e não ser magoada,
Mas mesmo assim pedaços de carne com sangue foram arrancados,
E continuo procurando o meu eu, neste labirinto interior e exterior. 

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