Disfunções em meus funcionamentos

Quando poderei esquecer que um dia o afeto passara por meu corpo?
Quando poderei esquecer que um dia o amor se alojara em meu
peito?
E quando poderei esquecer as mentiras que contei para salvar
o meu egoísmo?
Por isso para mim é importante saber a hora de meu
esquecimento.
Para eu parar de me culpar,
Para eu parar de mutilar os sentimentos ocultos recentemente
expostos aos olhos alheios,
Para já me sentir libertada,
Para simplesmente engolir minha ignorância junto com meu
sarcasmo mal feito.
Tentei correr contra o tempo muitas vezes,
Mas o que consegui foi uma pedra para apedrejar quem
passava,
E palavras formadas de medo e inferioridade para tentar
justificar minhas derrotas,
Muitas vezes as dores pareciam mais fáceis do que passar por
um trajeto que levaria horas para chegar ao meu destino de vitória,
Havia momentos em que a coragem era verídica, mas ela era
adiada para o amanhã, sendo assim nunca movimentada.
Ocorreram dias em que meu cérebro implorava por um livro ou
algo cientificamente provado para satisfazer-se de conhecimento, e eu
simplesmente ignorei.
Passavam-se dias e meu ser intelectual atrofiava,
Estava cansada de algo, não sei, só sei que parei,
Com meus neurônios voltando a funcionar e alimentar todo meu
corpo de movimentos e motivação, eu raciocinei,
Parar pra quê se o tempo não espera?
Parar pra quê se não me realiza?
E agora está na hora de fazer e parar de prometer.
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