quinta-feira, 2 de outubro de 2014

A culpa NÃO é das estrelas



Falaram que minhas asas estavam cortadas,
Mas quem disse que seria fácil?
Mas sabemos como fazer cresce-las.
Ele e eu, e as estrelas são apenas um pretexto,
E o campo aberto nos dá a proteção de sermos íntimos,
Não somos um do outro, mas nos damos por amor.
Se errarmos em palavras poderemos acertar com gestos,
Somos tão naturais que nos igualamos à natureza dos rios,
Camuflamo-nos por entre as folhas e areia,
Não temos tempo, porque eternizamo-nos aqui.
Olhemos para cada ponto de nossos corpos
Concluiremos o quanto nos aceitamos de qualquer maneira,
Daremos brilho ao que não nos ofusca,
Queremos recompensar aos céus por ter nos dado um pedaço de sua infinidade,
Temos a energia do sol, ninguém pode apagar se não formos nós mesmos,
E somos felizes por imortalizamos o que é mortal.
Para quê fazermos da realidade um mar de pessimismo se podemos construí-la de nossa forma?
Otimizamos  esse lugar realisticamente perecível, transformamos em nosso canto de verdades sem dores e medos.
Ele e eu, e as estrelas são apenas um pretexto,
E não há como nos tirar desse transe do som da cachoeira e dos nossos corações,
Desculpe-me estrelas, vocês não são mais o foco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário