terça-feira, 26 de maio de 2015

Medo, sem medo

 
Porque você tem medo de me perder, mas nunca me poupou?
Suas promessas de ir embora são falsas ou é para me prender no medo?
Não entendo seu modo de agir, suas ameaças me fazem recuar,
Estou sendo obrigada a me afastar, preciso me acostumar,
Entenda, se eu mentir é porque estou te poupando da frieza que carrego,
E se eu reclamar é porque o amor continua presente,
Se eu continuar com minhas cobranças, lembre-se, eu não cobraria se não necessitasse, se eu não amasse.
Não procuro em outros corpos o que você não me dá mais, é porque só o seu me saciaria,
Se você entendesse... Não me culparia,
Quando não existir vestígios de intimidade nem de dor e amor, eu irei,
Porque você matou os meus desejos e suspiros,
Eu não estarei morta nem triste, porque as feridas são de longa data, eu irei quando elas já estiverem cicatrizadas.
Eu sei que você vai me deixar ir, como um sopro leve, essa é sua maneira de demonstrar que sua dor não dói,
Foi difícil dar o que pedi, pedidos possíveis impossíveis, amor só dá quem tem,
Todos lutam para conquistar, mas depois da conquista procuramos outra,
E eu já fui conquistada, mas agora perdida.
O tempo roubou nosso sentido,
Falta de vontade e atenção...
A rotina me camuflou.

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