terça-feira, 21 de julho de 2015

Ninguém em casa


Foi uma sensação desde o começo da semana,
O  diferente nos permite novos sabores que as vezes não queremos provar,
E se fosse fácil se responsabilizar pela vida o medo não estaria presente.
Corpos unidos não significam harmonia,
Talvez signifique persistência de sobrevivência,
Amamos por nos fazer bem, e não por fazer bem ao outro.
E se a solidão fosse uma boa saída, seriamos sempre sozinhos,
A solidão é para os fracos que não admitem a saudade,
E a experiência nos dar direito de constatar verdades ditas por outros vividos.
Se eu chorei, foi pela coragem existente em mim,
Por admitir no espelho que não vai ser fácil para uma costas só,
 que a competência adquirirei aos poucos, como engatinhar sobre pedras,
Se as lagrimas percorrem é por falta de costume, de não ter ninguém em casa.
A tv está ligada no volume alto, para que não eu não possa ouvir meu próprio silencio,
Talvez meu nariz sangre , que tenha febre e eu não saiba como me cuidar,
É porque ter uma vida só pra você se necessita práticas ,
E se eu corri alguns quilômetros, li alguns livros e escrevi até os dedos cansarem, é porque não tem ninguém em casa.
Escute, lá fora existem músicas e bebidas compartilhadas,
Eu tenho uma vodca no fundo do armário que queria dividir com uma única pessoa,
Ao sair na rua o meu corpo é o único que me acompanha,
Não estou vulnerável existem tantas pessoas pelos bares só estou desacompanhada.
O desanimo de voltar, por ter os movimentos repetidos,
Porque não se pode sorrir na presença do ninguém,
Porque não posso contar o meu dia tedioso,
Por ter duas chaves e só uma pode ser usada,
 Não posso receber critica, ou uma cocega repentina, porque não tem ninguém em casa.
Preguei alguns avisos na geladeira,
Liguei o despertador, e acordei achando a cama maior,
E se sobrou comida eu tive que colocar na geladeira,
Não irei desistir, mas não estou feliz, porque ele não está em casa.








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